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terça-feira, junho 28, 2011

O Barulho da Carroça

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no
bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um
pequeno silêncio me perguntou:


- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia ...

Perguntei ao meu pai:

Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por
causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa:
falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com
grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e,
querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta,
Tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

"Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."

Semear


SEMEAR


Um ancião estava cuidando da planta com todo o carinho. O jovem aproximou-se dele e perguntou:
- Que árvore é esta que o senhor está plantando?
- É uma jabuticabeira - respondeu o velho
- E quando tempo ela demora para dar frutos?
- Pelo menos uns 15 anos - informou o velho
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - perguntou irônico o rapaz
- Não! Não creio que viverei mais tanto tempo assim, pois já estou no fim da minha jornada. - respondeu o ancião
- Então meu velho, que vantagem o senhor leva plantando essa árvore?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jaboticabas se todos pensassem como você...


SEMEIE, CUIDE, FAÇA SUA PARTE E COLHA BONDADE!

O Jovem e a estrela do mar




O JOVEM E A ESTRELA DO MAR

Era uma vez um escritor que morava numa praia ranquila, junto a uma coônia de pescadores. Todas as manhãs ele paseava a beira-mar para se inspirar, e de tarde ficava em casa, escrevendo.
Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar.
Quando chegou perto, viu que era um jovem pegando na areia as estrelas-do-mar que a maré trazia, uma por uma, e jogando novamente, de volta, ao oceano.
- Porque você está fazendo isto? - perguntou o escritor.
- Você não vê? disse o jovem. A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas vão secar nosol e morrer, se ficarem aqui na areia.
- Meu jovem, argumentou oescritor, existem milhares de quilômetros de praia por esse mundo afora, e centenas de milhares de estrelas do mar, espalhadas pelas praias. Que diferença faz você jogar umas poucas de volta ao oceano? A maioria vai perecer de qualquer forma.
O jovem pegou mais uma estrela na areia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:
- Para essa eu fiz a diferença.
Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, nem sequer conseguiu escrever. De manhãzinha foi pra praia, reuniu-se ao jovem e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano

A serpente e o Vaga-lume


   Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
   Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.
   Fugiu um dia e ela não desistiu, dois dias e nada...
   No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse á cobra:
   _ Posso lhe fazer três perguntas?
   _ Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...
   _ Pertenço á sua cadeia alimentar?
   _ Não.
   _ Eu te fiz algum mal?
   _ Não.
   _ Então por que você quer acabar comigo?
   _ Porque não suporto ver você brilhar...

A estoria do Lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça".

"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".

quarta-feira, junho 15, 2011

Castelo de areia

Era uma vez uma menina bela que avistou uma praia linda que tinha um dono que morava nela.
 Ela resolveu então fazer um belíssimo castelo para presentear ao dono da ilha. Todos os dias ia lá e colocava um pouco dos seus sentimentos, alguns guardados a muito tempo.
 Dia apos dia o castelo ia ficando magnífico. A menina estava radiante, parecia que ela e os sentimentos e o castelo faziam parte de todo um universo, tudo girava ao redor dela com muita alegria.
 O castelo ia suportando o vento, o frio, a tempestade, a maresia e não caia, mas não foi forte o suficiente para a maldade do homem.
 Um belo dia enquanto a menina adormecia, veio uma pessoa  que queria apenas aplausos, e entrou na praia para destruir o castelo.  O dono da ilha  ao ver a pessoa em sua praia, aplaudiu e a elogiou, pois ele não percebeu que aquele castelo estava sendo construído pra ele, com tudo de melhor que a menina tinha em seu coração.  
Ao acordar e ir à praia, a menina bela encontrou todos os seus sentimentos espalhados pela praia e seu castelo em ruinas, e chorando muito foi recolhendo um a um os sentimentos que tinha posto ali....
Pediu desculpas ao dono da ilha pela invasão de sua praia e foi embora muito triste,  contruir um castelo num lugar mais seguro, em solo mais firme e esperar o tempo amadurecer os olhos do dono da ilha, pois ele ainda não estava preparado para receber tantos sentimentos.
 De vez em quando a menina lembra do episódio e sempre escorre de seus olhos uma lágrima de tristeza ....  

  (Rosi com i  - 15-06-2011)