Carioquês e solidariedade em dias de enchente no RJ (crônica)
Ontem naquele ventaval e chuva torrencial, é que vi o quando o povo carioca além de valente é solidário.
Em um verdadeiro rio que passava pelo asfalto, o vendedor de cocos
jogou os sacos de coco vazio fazendo uma ponte para o povo passar. É
lógico que euzinha tive que me equlibrar nos cocos e a torcida, o povão
esperando pra ver quem ia cair escorregar e cair primeiro. Escapei e consegui atravessar a
via pisando nos cocos. Depois foi a segunda etapa, esperar a condução, 03 horas em pé no
ponto, e o rádio comunica, "o metrô vai funcionar até 2 horas da manhã",
legal!!, mas pena que não servia pra mim, e mesmo assim com 03 estações
paradas. Chega o frescão para Praça Seca, 12,00 para ir enlatada, já
não cabia mais ninguém. Quem espera 03 horas, espera um pouco mais,
pensei eu.
Enfim meu ônibus. E mais 02 horas em pé. O rapaz
solidário a dor das minhas pernas e já batendo o cansaço, me diz: "vamos
revezar, sente um pouco". Que alívio!!. não revezei pois o ônibus
começou a andar e ele logo iria saltar. Então o jeito foi relaxar e
esperar chegar em casa, vendo os rios, árvores e carros alagados. 1hora
da manhã, chegeui. Viva!! Agora é fazer as coisas em casa: dar a comida
dos minhas crianças(cães e gatos), varrer o quintal, etc..etc.. Hora de
dormir, exausta. Xiiii, o despertador tocou: 4h da manhã. Hora de
levantar... e lá vim eu, para mais um dia carioquês.
(Rosi Nicolella)