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segunda-feira, setembro 05, 2011

Amor /Paixão - A Vulnerabilidade da Relação

Amor e Paixão, sentimentos tão fortes, interligados um ao outro pela pessoa que os sente, mas contudo, distintos e diferentes entre eles.
Algumas pessoas costumam pontuar o Amor, esse sentimento tão nobre, direcionando e o aprisionando a apenas um grupo seleto, doando-o apenas ao filho, a mãe, etc.. Normalmente, sempre deixam a paixão para o namorado, o marido/esposa ou a paquerinha do fim de semana.
Outro dia um amigo me disse: paixão pela minha esposa, mas amor só pelo meu filho. Eu definiria o pensamento e palavras dele, como erronêas, pois o Amor tem multiplas formas, ele não é limitado, é Universal, amplo e vai além do pedacinho do qual o colocamos na relação com o próximo.
O AMOR tem inumeras formas, uma mãe/pai que tem muitos filhos, os amam a todos, de forma diferentes, com a mesma intensidade,  mas não deixa de ser amor por cada um. Numa relação sempre tem alguém que o outro gosta mais ou menos, pois se identifica com a personalidade de um que se parece mais com ele, entretanto não limita o amor, deste por esse ou aquele.
Hoje, vejo muitos casamentos fracassados e pessoas que vivem numa relação a dois frustados em seus sentimentos, traindo a relação , ou convivendo no mesmo teto como se fossem pessoas estranhas um ao outro, porque na relação colocaram apenas o sentimento da PAIXÃO.
A paixão não deixa de ser um sentimento lindo, ele atrai, faz a pessoa arder o coração, perder a noção e razão de tudo, tirar os pés do chão e se envolver cegamente pela pessoa que o atrai. É o sentimento que dá o primeiro tempero na relação..
Contudo, a paixão precisa do Amor para sobreviver, pois quando a relação passa por "crises", sejam de relacionamento, financeiras, de saúde.. a Paixão nesse momento, não os sustenta, é necessário o Amor,o sentimento mais profundo que faz o casal se compreender, dialogar, entender e estender a mão para dar continuidade a relação a dois.
O sentimento da Paixão está ligado ao TER, ao POSSUIR, por isso na crise ele não se estabiliza. A relação fica voltada em ter o outro e possui-lo sem mesmo conhecê-lo, ou querer partilhar alguma coisa de si. Apenas o quer ter, projeta a pessoa dentro de seu sonho ilusório, sem o ver como pessoa que tem sentimentos, perspectiovas e sonhos, e o reduz a um OBJETO de seu prazer.
Eu digo que é uma relação do querer ter um objeto valioso perto de si, que apenas satisfaz a si próprio. Então, quando se faz necessário quebrar esse instinto de ter e entra o sentimento do DAR, DOAR-SE para ajudar o parceiro e a relação a crescer e não despencar nas dificuldades do dia-a-dia do casal, fica penoso, sacrificante, pois exige abertura, exige o sentimento do amor -  gestos de generosidade, entendimento, sublimacia do doar-se sem medidas. 
É nesse exato momento que a paixão que cada um tem por si mesmo, faz eles se separarem para procurarem outro objeto de prazer e desejo e que NÃO  os façam dar amor, mas apenas se satisfazerem.
Poucos casais conseguem essa relação e perseveram em seus relacionamentos, pois iniciam a relação na Paixão e permanecem no sentimento da Paixão, não colocando o Amor no relacionamento.
A Paixão esfria e sem o Amor o relacionamento acaba.
Pense nisso!!

(RJ, 04-09-2011 - Rosi com i)

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