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terça-feira, fevereiro 05, 2013

A Raposa e o Corvo

O Corvo roubou dos pastores um pedaço de queijo e se instalou numa árvore para comê-lo. Naquele momento, passava uma raposa esfomeada, que pediu um pedaço. Mas o corvo fez um sinal negativo com a cabeça. Foi então, que ela começou a dizer que ele tinha todas as qualidades: era saaz, voava e tinha uma linda plumagem negra. Só tinha um defeito: Não sabia cantar como outros pássaros. Para provar que ela estava errada, o corvo abriu a boca para cantar, e o queijo caiu no chão. Ela pegou o pedaço e disse: "Esse é o preço da vaidade! Quando alguém está lhe elogiando muito deves ficar desconfiado!"
(Paulo Coelho - Maktub -J.Extra 05/02/13).

Um belíssimo conto, mas a ultima frase com relação a "desconfiar" de quem lhe elogia, nesse ponto eu não concordo, pois quem não gosta de receber elogios? Todo elogio sempre deixa a pessoa envaidecida, enriquece nossa alma e coração. O que acho perigoso, não é o elogio por si, mas como quem o recebe   convive com ele, e em que vai transformá-lo. Quando a vaidade ultrapassa o limite da sensatez, então se torna perigoso.
O excesso de vaidade nos afasta da simplicidade, a pessoa passa a achar que tudo ao redor é feio, tudo é sujo, tudo é velho, só ela (e) está acima de tudo e todos, só ela (e)  podem tudo, etc.. Como absorvemos e  transformamos esse elogio recebido é que faz a diferença. 
A vaidade em excesso nos enfraquece, nos desvia do caminho das relações sociais e humanas. Por isso o corvo perdeu sua comida, não porque ele tinha que ficar desconfiado, mas pelo excesso da vaidade.

Eu adoro receber elogios, mas tomo muitos cuidados para que ele não me "suba a cabeça."

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